O TCU apontou, em relatório divulgado pela Folha na noite de terça-feira (15), que o governo federal tem em estoque pelo menos 11,7 milhões de doses de vacinas para a Covid com vencimento previsto para julho; e outras 16 milhões, para agosto.

Essas 28 milhões de doses, todas sendo das vacinas da Pfizer e da AstraZeneca, custaram R$ 1,21 bilhão ao governo.

Assinado pelo ministro Vital do Rêgo, o relatório ressalta “a necessidade e a urgência em se promover a vacinação da população para a contenção tanto da disseminação do vírus da covid-19, quanto da elevação dos casos graves da referida doença”.

Reagindo à revelação do documento do TCU, a Anvisa informou em nota nesta quinta-feira (16) que “não possui, no momento, nenhum pedido de prorrogação do prazo de validade para esses lotes”.

O iminente desperdício se dá em meio à estagnação das campanhas de vacinação. Em maio, a Fiocruz já alertava de tal estagnação em seu boletim observatório para a Covid.

Segundo o instituto, naquele momento, apenas 18 de 27 unidades da federação apresentavam mais de 70% da população acima de 25 anos vacinada com pelo menos as duas primeiras doses.

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