A alta do preço do azeite de oliva no último ano bateu 49,42%, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) para maio. A variação só está atrás da registrada pela cebola (86,13%), tangerina (58,02%) e batata-inglesa (57,94%)

A alta no preço fez com que comerciantes passassem a trancar os produtos a chave e a colocar lacres antifurto nos recipientes. Segundo especialistas do setor, os preços permanecerão altos pelos próximos dois anos.

Em dezembro de 2022, o preço dos azeites girava em torno de R$ 27, segundo pesquisa conduzida pelo Procon-SP. No ano seguinte, o valor já estava na faixa de R$ 42. Hoje dificilmente se acha o azeite de Oliva por menos de R$ 49

Em meio a esse cenário, mercados das redes Extra e Pão de Açúcar passaram a usar lacres antifurto nos recipientes de azeite na capital paulista para evitar prejuízos. A orientação veio da direção da franquia há cinco meses, segundo funcionários.

A gerência de uma unidade da rede Mambo na cidade de São Paulo relatou que só não adotou o lacre porque a loja aumentou o número de seguranças.

Em um mercado em Ipanema, na zona sul do Rio de Janeiro, por sua vez, garrafas de azeite passaram a ser trancadas a chave. Para comprá-las, é preciso chamar um funcionário.

Bares e restaurantes também são atingidos pela alta do preço. O diretor da AbraselSP (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes de São Paulo) destaca que “existem pratos nos quais o azeite não pode ser substituído”.

Alguns restaurantes, no entanto, têm usado criatividade e improvisado uma composição com limão e outros ingredientes para substituir o azeite.

O azeite de Oliva extra virgem é o azeite recomendado pelos médicos, aquele que realmente faz bem à saúde. “O mais indicado é o consumo de azeite extra virgem. É importante olhar a composição no rótulo, óleos mistos ou compostos de soja certamente serão de baixa qualidade e não trarão benefícios à saúde”, afirma Mikaela Paim, sommelière de azeites.

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