Caso Marielle: PF vai ouvir ex-chefe da Polícia Civil do Rio

04.11.2025

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Caso Marielle: PF vai ouvir ex-chefe da Polícia Civil do Rio

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Redação O Antagonista
4 minutos de leitura 03.06.2024 10:12 comentários
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Caso Marielle: PF vai ouvir ex-chefe da Polícia Civil do Rio

Rivaldo Barbosa é acusado de ter planejado o assassinato da vereadora Marielle Franco e de ter atuado para proteger os mandantes do crime

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Caso Marielle: PF vai ouvir ex-chefe da Polícia Civil do Rio
Foto Fernando Frazão/Agência Brasil

A Polícia Federal irá interrogar Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, nesta segunda-feira, 3. Ele é acusado de ter planejado o assassinato da vereadora Marielle Franco e de ter atuado para proteger os mandantes do crime.

O depoimento de Rivaldo será realizado na Penitenciária Federal de Brasília, onde ele está detido desde o dia 24 de março. O ex-chefe da Polícia Civil havia apresentado um pedido de reconsideração da sua prisão preventiva, determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

De acordo com reportagem do O Globo, em um bilhete entregue ao oficial de justiça que o notificou dentro da penitenciária, Rivaldo escreveu: “Ao Exmo. Ministro, por misericórdia, solicito que V.Exa. faça os investigadores me ouvirem, pelo amor de Deus“. Em uma petição ao STF, ele afirmou que ainda não havia sido ouvido pelos investigadores, mesmo com uma ordem judicial. Na semana passada, Moraes determinou que o delegado prestasse depoimento no prazo de cinco dias.

Além do ex-chefe da Polícia Civil, também foram alvos de mandados de prisão preventiva o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado Domingos Brazão e seu irmão, o deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ). No dia 10 deste mês, eles foram denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Todos os envolvidos negam as acusações.

Rivaldo no caso Marielle

Rivaldo Barbosa foi chefe da Polícia Civil durante as investigações do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, de março a dezembro de 2018. Na época, o Rio de Janeiro estava sob intervenção federal.

Foi Rivaldo quem autorizou o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Domingos Brazão, apontado como mandante do crime, segundo a delação de Ronnie Lessa, assassino confesso de Marielle, acreditar que o crime ficaria impune. Além disso, o irmão de Domingos, o deputado federal Chiquinho Brazão, também foi apontado como suspeito de ordenar a execução da parlamentar.

O ex-chefe da Polícia Civil também levou ao conhecimento do titular da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), Giniton Lages, a informação de que três delegados da Polícia Federal teriam encontrado uma suposta testemunha do crime. No entanto, essa testemunha era falsa, como foi comprovado pela PF em uma investigação paralela conhecida como “investigação da investigação”.

As promessas do ex-chefe da Polícia Civil do RS

Na primeira fase das investigações do caso Marielle, Rivaldo solicitou que Giniton interrogasse o então policial militar Rodrigo Ferreira, conhecido como Ferreirinha, apresentado como testemunha de uma conversa entre Orlando Oliveira de Araújo, o Orlando da Curicica, e o vereador Marcello Siciliano, na qual teriam planejado matar a vereadora. Porém, essa versão se mostrou falsa, como foi confirmado dez meses depois na investigação paralela realizada pela Polícia Federal.

Dias após a morte de Marielle, Rivaldo se reuniu com parlamentares do Psol para garantir que o crime seria esclarecido o mais rápido possível. Em entrevista, ele afirmou: “Nós estamos no caminho certo. A complexidade está na forma de atuação dos assassinos. Mas, a gente está fazendo de tudo para esclarecer essa atividade criminosa“.

Antes de ocupar o cargo de chefe da Polícia Civil, Rivaldo foi subsecretário da Subsecretaria de Inteligência da Segurança durante a gestão do ex-governador Sérgio Cabral, quando o secretário de Segurança era o delegado da Polícia Federal José Mariano Beltrame.

Posteriormente, Rivaldo assumiu os cargos de titular da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) e diretor da Divisão de Homicídios. Até sua prisão, ele ocupava o cargo de Coordenador de Comunicações e Operações Policiais, responsável pela operação com rádios da corporação.

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