Candidatos a governador da Terceira Via lideram em 6 estados: Minas Gerais, Bahia, Rio Grande do Sul, Pará, Goiás e Piauí. Esses estados somam 49,7 milhões de eleitores, o que corresponde a 31,7% do total no país, de acordo com o TSE.

Em geral, são governadores em busca da reeleição e contam com uma ampla gama de apoios. Neste cenário, eles têm optado por manter a neutralidade em relação à disputa presidencial, na tentativa evitar a perda de votos, como é o caso de Romeu Zema (Novo, foto), que tem 53% das intenções de voto, segundo o Datafolha.

O governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), se encontrou com Lula (PT) em Belém, em uma reunião, mas foi, dias depois, fazer campanha para a candidata de seu partido, Simone Tebet (MDB), na cidade. Ele lidera a disputa ao governo, com 65% das intenções de voto, segundo o Ipec. Outro caso que se enquadra neste cenário é o de ACM Neto (União Brasil), na Bahia. O ex-prefeito de Salvador lidera a disputa com 49%, segundo o Datafolha, e optou pela neutralidade.

No Piauí, Silvio Mendes (União Brasil), ex-prefeito de Teresina, lidera. Apesar de contar com o apoio de Ciro Nogueira (PP), ministro da Casa Civil, ele tem evitado se associar ao governo de Jair Bolsonaro. Segundo o Ipec, Mendes tem 43% das intenções de voto.

Já no Rio Grande do Sul, o ex-governador Eduardo Leite (PSDB) lidera. Em 2018, o tucano foi eleito na esteira do bolsonarismo. No entanto, neste ano, ele fugiu da polarização. Tanto no estado quanto nacionalmente seu partido está aliado ao MDB, que lançou Simone Tebet ao Planalto. Mas ele também recebeu no estado Soraya Thronicke (União Brasil). Segundo o Ipec, Leite tem 38% das intenções de voto.

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), também se afastou de Bolsonaro. Eles chegaram a entrar em rota de colisão por causa da condução da pandemia. Agora, no entanto, ele tem evitado atritos com o presidente da República, para não perder parte do eleitorado bolsonarista. Segundo o Ipec, Caiado tem 48% das intenções de voto.