Em vez de agilizar, nova vara federal em Brasília vai atrasar conclusão de processos

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Em vez de agilizar, nova vara federal em Brasília vai atrasar conclusão de processos

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Claudio Dantas
2 minutos de leitura 27.02.2018 21:51 comentários
Brasil

Em vez de agilizar, nova vara federal em Brasília vai atrasar conclusão de processos

A criação da 12ª Vara Federal em Brasília, especializada em lavagem de dinheiro, deveria agilizar a tramitação dos mais de 2,3 mil processos que se acumulavam na 10ª Vara. Em vez disso, está servindo para atrasar a conclusão de processos importantes contra gente graúda...

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Claudio Dantas
2 minutos de leitura 27.02.2018 21:51 comentários 0
Em vez de agilizar, nova vara federal em Brasília vai atrasar conclusão de processos
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A criação da 12ª Vara Federal em Brasília, especializada em lavagem de dinheiro, deveria agilizar a tramitação dos mais de 2,3 mil processos que se acumulavam na 10ª Vara.

Em vez disso, está servindo para atrasar a conclusão de processos importantes contra gente graúda, como Lula, Eduardo Cunha e Geddel Vieira Lima.

Como ressaltou o JN há pouco, pelo menos 15 ações penais que já estavam com audiências marcadas foram transferidas para a 12ª Vara. É recomendável que casos com instrução já finalizada não sejam remetidos para outro juiz, por motivos óbvios.

Mas é exatamente o que aconteceu: ações decorrentes das operações Zelotes, Sépsis, Cui Bono, Greenfield, Janus, Patmos e Panatenaico foram transferidos dos juízes Vallisney de Oliveira e Ricardo Leite para os juízes Marcus Vinícius dos Reis Bastos e Pollyana Kelly Martins Alves.

Dentre elas, estão a ação que Lula responde por tráfico de influência e corrupção passiva na compra de caças da Saab (em fase de audiências) e a do ‘bunker’ dos R$ 51 milhões de Geddel Vieira Lima (alegações finais).

Com a mudança, juízes e servidores da nova vara levarão meses para retomar o ritmo das investigações.

Como O Antagonista mostrou ontem e reproduzido pelo JN hoje, Pollyana Kelly é casada com o procurador Luís Carlos Martins Alves Júnior, assessor de Gustavo Rocha, chefe de assuntos jurídicos do Planalto e ministro interino dos Direitos Humanos.

Ela está, por exemplo, com parte da Operação Patmos, que investiga Eduardo Cunha. Ex-advogado de Cunha e Michel Temer, Gustavo Rocha foi gravado conversando com Rocha Loures sobre o decreto dos portos – investigação que está no STF.

Em nota ao JN, Pollyana disse que poderá se declarar impedida caso ache necessário e Luiz Carlos repeliu qualquer insinuação de conluio.

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Claudio Dantas

Claudio Dantas é diretor-geral de Jornalismo de O Antagonista. Com mais de duas décadas cobrindo o poder, já atuou nas redações de EFE, Correio Braziliense, Folha de S. Paulo e IstoÉ. Ganhou os prêmios Esso, Embratel e Direitos Humanos. Está entre os jornalistas mais influentes do Twitter e venceu três vezes o iBest de melhor veículo de política.

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