O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), confirmou que estará na avenida Paulista no domingo, 25, para a manifestação convocada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.

“É uma manifestação pacífica a favor do [ex-]presidente, e estarei ao lado dele, como sempre estive”, disse o governador à CNN Brasil.

Bolsonaro divulgou um vídeo da segunda-feira, 12, convocando seus apoiadores para “um ato pacífico em defesa do nosso Estado democrático de direito”, em resposta à Operação Tempus Veritatis, que investiga uma tentativa de golpe de Estado do grupo do ex-presidente.

Defesa

“Nesse evento, eu quero me defender de todas as acusações que tem sido imputadas contra a minha pessoa nos últimos meses”, diz Bolsonaro no vídeo, em referência à operação que levou à prisão dois de seus ex-assessores direitos e apreendeu seu passaporte.

A declaração de apoio de Tarcísio foi discreta. O governador não apareceu em vídeo ou áudio para confirmar sua presença. Seu posicionamento foi apenas lido por uma das apresentadoras da emissora.

Já foi bem mais, contudo, do que fez até agora o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), que até outro dia cortejava publicamente o apoio de Bolsonaro para sua tentativa de reeleição.

Radical?

O prefeito tem sido aconselhado por aliados a não comparecer ao ato, marcado para as 15h de 25 de fevereiro.

Esses aliados temem que Nunes passe a ser definitivamente classificado como um radical caso embarque na defesa de Bolsonaro, o que afastaria o eleitor de centro. Nunes já vem sendo tratado assim pelo deputado Guilherme Boulos (PSOL-SP) e seus aliados petistas.

Mas prefeito da capital paulista provavelmente não terá uma melhor oportunidade do que essa para demonstrar seu apoio àquele que pode ser seu maior cabo eleitoral na eleição municipal deste ano.

Teste

O prefeito já aceitou a indicação do coronel da reserva da Polícia Militar Ricardo de Mello Araújo, um dos principais aliados do ex-presidente, para compor sua chapa de reeleição.

A manifestação convocada por Bolsonaro não testará apenas sua popularidade, mas o grau de fidelidade de seus aliados políticos.