A Estação Espacial Internacional (ISS) está passando por um período complicado, enfrentando uma série de emergências e problemas técnicos. Na última quarta-feira, 26, uma falsa emergência e os problemas com a cápsula Starliner da Boeing, incapaz de retornar à Terra, culminaram com a ameaça de uma nuvem de destroços de um satélite russo, relatou reportagem da Folha de S. Paulo.

De acordo com a Nasa e o Comando Espacial dos Estados Unidos, os quatro tripulantes americanos da ISS tiveram que se abrigar em um compartimento blindado da estação durante a noite de quarta-feira até hoje, 27.

A origem da ameaça foi uma nuvem de destroços do satélite russo de sensoriamento remoto Resurs-P1, que entrou em órbita compatível com a da ISS após ter sido desativado em 2021.

Ameaça de destroços espaciais

O Comando Espacial dos EUA informou que pelo menos cem pedaços do satélite foram lançados em uma órbita compatível com a da ISS. As causas do rompimento do satélite ainda são desconhecidas.

Embora não tenha sido mencionada uma causa militar, o uso de mísseis interceptadores de satélites, prática comum entre russos, americanos e chineses, continua a ser uma preocupação devido à imprevisibilidade da dispersão de destroços.

Além da ameaça dos destroços, a ISS enfrenta diversos problemas técnicos. A cápsula Starliner da Boeing, devido a problemas técnicos, não tem previsão de retorno à Terra. Esses eventos aumentam os relatos de problemas na seção russa da ISS, como vazamentos de ar e cancelamento de caminhadas espaciais.

Cooperação Internacional

Apesar das tensões políticas na Terra, a cooperação na ISS entre americanos e russos continua, embora fragilizada desde a invasão da Ucrânia por Vladimir Putin em 2022.

Incidentes políticos, como a exibição de bandeiras de territórios anexados ilegalmente, têm exacerbado as tensões. No entanto, a colaboração persiste, com naves russas e da SpaceX transportando tripulantes e carga regularmente.

Nasa contrata SpaceX para rebocar a Estação Espacial Internacional

A Nasa escolheu a SpaceX, a gigante aeroespacial liderada por Elon Musk, para desenvolver o veículo que será responsável por retirar a ISS de sua órbita. Este evento, estimado em quase um bilhão de dólares, promete ser um dos capítulos mais significativos na história da exploração espacial.

A ISS, com aproximadamente o tamanho de um campo de futebol e pesando cerca de 450 toneladas, continuará sua trajetória até a SpaceX completar o veículo especial. Este veículo não só guiará a ISS para fora de órbita mas também será encarregado de assegurar que sua entrada na atmosfera terrestre seja segura e controlada, mesmo viajando a impressionantes 27.000 quilômetros por hora!