Veja as doenças que podem ser identificadas com o exame BabyGenes

12.06.2025

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Veja as doenças que podem ser identificadas com o exame BabyGenes

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Veja as doenças que podem ser identificadas com o exame BabyGenes

Ele funciona como diagnóstico complementar ao tradicional teste do pezinho realizado em bebês

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Veja as doenças que podem ser identificadas com o exame BabyGenes
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O teste do pezinho é um dos primeiros atos de amor e proteção que os pais oferecem ao bebê. Realizado poucos dias após o nascimento, ele pode identificar precocemente algumas doenças raras e silenciosas e garantir o início do tratamento o quanto antes, em casos positivos. Com o avanço da medicina genômica, hoje é possível complementar o teste tradicional com uma análise ainda mais precisa, o BabyGenes, um exame genético que detecta cerca de 400 doenças tratáveis.

Abaixo, especialistas em genética explicam como ele funciona de maneira complementar à triagem neonatal, implementada em 1976 no Brasil. Atualmente, o Sistema Único de Saúde (SUS) realiza cerca de 2,4 milhões de testes do pezinho por ano em maternidades e unidades básicas, segundo informações do Ministério da Saúde.

Como é feito o exame BabyGenes

Segundo o geneticista Dr. Gustavo Guida, dos laboratórios Sérgio Franco e Bronstein, da Dasa, no Rio de Janeiro, o exame BabyGenes amplia a avaliação de genes de modo a identificar precocemente doenças que não são detectadas pelo teste do pezinho convencional, utilizando a tecnologia de sequenciamento de nova geração (NGS) para analisar o DNA do bebê.

O médico explica que, assim como o teste do pezinho, o BabyGenes é feito com uma amostra de sangue do recém-nascido e pode ler sequências de centenas de genes ao mesmo tempo, de forma mais rápida. “Como resultado, é gerado um laudo detalhado que indica se foram detectadas alterações associadas a alguma das patologias mapeadas pelo painel. É importante buscar ajuda especializada para interpretação do resultado e aconselhamento genético em casos positivos”, orienta.

Doenças identificadas pelo BabyGenes

Abaixo, confira algumas doenças que podem ser identificadas pelo BabyGenes:

  • Retinoblastoma: tumor ocular hereditário tratável quando diagnosticado precocemente;
  • Atrofia Muscular Espinhal (AME): causa perda progressiva da força muscular e só é detectada na quinta etapa da triagem convencional; 
  • Fibrose cística: embora identificável no teste do pezinho, a confirmação da fibrose cística depende de uma série de exames de difícil realização ou análise genética. O BabyGenes acelera esse processo e o início das terapias;
  • Acidúria glutárica: casos que escapam aos testes bioquímicos podem ser identificados pelo BabyGenes, permitindo intervenção precoce com dieta especial para prevenir danos neurológicos.
Mulher com cabelo curto solto, usando camisa listrada ao lado de uma mulher com o cabelo solto, usando jaleco avaliando um bebê recém-nascido em consulta médica.
Mesmo com o BabyGenes, o teste do pezinho continua sendo essencial (Imagem: Dragana Gordic | Shutterstock)

BabyGenes não substitui o teste do pezinho

O Dr. Gustavo Guida explica que o BabyGenes é um exame complementar e não substitui o exame do pezinho, direito garantido por lei para todas as crianças. “O exame tradicional continua sendo essencial para identificar doenças metabólicas, genéticas e infecciosas específicas, como fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito, doença falciforme, fibrose cística e hiperplasia adrenal congênita. O BabyGenes atua de forma complementar, oferecendo uma análise genômica mais ampla”, afirma. 

Importância do BabyGenes

Por oferecer uma análise genômica mais ampla, o BabyGenes é capaz de detectar condições que, muitas vezes, não se manifestam clinicamente no período neonatal, mas que podem se beneficiar de uma intervenção precoce.

Ao avaliar a predisposição genética, é possível garantir um acompanhamento médico adequado e realizar o tratamento nas fases iniciais da doença, o que aumenta consideravelmente as chances de cura e redução de sequelas, como explica Natália Gonçalves, gerente de Reprodução Humana, Pesquisa e Desenvolvimento na Dasa Genômica.

“Os testes genéticos são uma ferramenta de autonomia para as famílias. Eles não apenas orientam a decisão médica, mas também humanizam o acompanhamento. Com acesso à informação e à tecnologia, cada família pode trilhar um caminho mais consciente e preparado, porque toda jornada merece ser feita com segurança e amor”, finaliza.

Por Rachel Lopes

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